Jesus Será Único Cristo?

Data: quinta-feira, 8 de abril de 2004

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Em Apocalipse, 1 v 13, descreve-se a visão de alguém "semelhante a um Filho do Homem".

João Evangelista exclamou, assustado:

"Em meio dos sete candeeiros de ouro, há um semelhante ao Filho do Homem..."

Linhas adiante, o Apocalipse descreve a reação do apóstolo:

"Logo depois que eu o vi, caí entre os seus pés, como morto. Ele pôs sua mão direita sobre mim, e disse: Não temas, Eu sou o primeiro e o último, e aquele que vive. Estive morto, mas estou vivo, pelos séculos dos séculos, e tenho as chaves da Morte e do Inferno"

Apocalipse, 1 vv 17 e 18.

Há intérpretes que apontam esta figura como sendo um anjo.

Outros o admitem como sendo Jesus, o Cristo.

Nós não concordamos com nenhuma das duas correntes.

Um simples anjo não poderia usar esta linguagem de indiscutível majestade.

"Eu sou o primeiro e o último..." é prova de força.

Enquadrando-se como alfa e ômega, a "visão" se apresenta como princípio e fim de todas as coisas.

Fica claro que se tratava de um Cristo!

Tenho as "chaves da morte e do inferno" - diz o estranho, expressando seu poder e autoridade.

Enfim, não restam dúvidas: um simples anjo não teria se auto identificado com tamanhas forças

. Aquelas afirmações "eu sou" e "eu tenho" só poderiam ser pronunciadas por alguém do "primeiro time".

Definitivamente, aquela figura excelsa só poderia ser um Cristo.

E aqui vem a "bomba":

Este Cristo não poderia ser Jesus.

Por favor, se acalmem.

Eu vou explicar:

Vocês sabem que o profeta do Apocalipse é o mesmo João que foi um dos doze apóstolos de Jesus?

Ele fora apelidado de "discípulo Amado", pelo fato de haver profunda afinidade entre os dois.

João e Jesus conviveram de forma íntima.

Os demais componentes do grupo apostólico nunca alcançaram aquele grau de afinidade.

Até na crucificação, quando todos os outros fugiram, João esteve presente.

Ora, meus caros amigos, raciocinem comigo:

Se fosse Jesus que tivesse aparecido, João não teria dito:

"... alguém semelhante a um Filho do homem".

Se fosse Jesus, João não tombaria fulminado, como aconteceu.

Ele reconheceria seu Mestre, e se lançaria em seus braços. Por mais nebulosa que fosse a aparição, João teria adivinhado a presença do seu Divino Amigo.

Se ele apontou o estranho como "semelhante" é porque aquele homem não era Jesus.

Jamais ele ficaria na dúvida, reconhecendo apenas uma semelhança no porte e na majestade.

Outra coisa muito importante:

"... os seus cabelos eram brancos como a neve..."

Apocalipse, 1 v 14.

Ora, não acreditamos que Jesus teria se fantasiado, para confundir o apóstolo.

Com toda a certeza, se o Mestre tivesse que aparecer, Ele surgiria com o rosto e o corpo dos tempos apostólicos.

Esta figura venerável, de cabelos cor de neve, só pode ser o Cristo do planeta anterior ao nosso...

Daquele planeta dos quais desceram os ímpios, liderados por Adão, ou seja, os espíritos componentes da raça adâmica.

Cada Cristo coordena a evolução espiritual de um planeta.

Este Avatar tinha razão de encontrar-se ali.

Afinal, estava sendo escrito um livro (Apocalipse), onde é narrada a história do seu mundo.

A saga dos seus habitantes é descrita, em símbolos, até a expulsão dos maus, ocorrida no cap. 12 v 9:

"E foi precipitado aquele grande Dragão, aquela antiga serpente, que se chama Diabo e Satanás, que seduz todo o mundo.

Sim, foi precipitado na Terra, e precipitados, com ele, os seus anjos..." Apocalipse, 12 v 9.

Percebam a coincidência: esta mesma história é contada no Gênesis.

É interessante registrarmos para onde desceram os malignos.

Foram "precipitados na Terra", diz o texto.

Ficou evidente que um planeta descarregou o lixo em outro.

Eis a razão de que o Cristo daquele planeta estivesse participando da composição do Apocalipse:

A história dele e dos seus assessores também fazia parte do livro profético.

O Cristo do planeta Éden participava daquela missão.

O Apocalipse narra acontecimentos do passado e do futuro.

No caso, estava sendo descrita a transição no planeta Éden.

O passado é o cenário onde se buscam experiências.

Deus tem interesse em conservá-lo vivo.

É aquilo que chamamos a memória eterna, repleta de lições.

Portanto, meus amigos, este entendimento é muito importante:

Quando você lê o Apocalipse, do capítulo 4 até parte do 12, está revivendo fatos ligados ao planeta Éden.

Uma curiosidade: Desde o capítulo 4 até o 11 não é citado nenhuma vez o nome de Jesus.

Quando se refere ao Messias, neste trecho inteiro, o Apocalipse só utiliza as palavras "Cordeiro" e "Cristo".

O nome de Jesus reaparece, somente, no capítulo 12.

Qual o motivo desta omissão?

Em nosso entendimento, isto confirma a existência deste outro Cristo.

Aquele planeta era coordenado por este outro Cristo...

...E foi esta Entidade que apareceu ao profeta João.

Nesta altura, alguém poderá contestar:

No capítulo 5 v 5, fala-se em "Leão da Tribo de Judá", e no capítulo 7 destacam-se os "salvos", retirados de cada uma das tribos.

Conclue-se, por esta contestação, que todo o Apocalipse só tratou do planeta Terra.

Concordamos que se trata de um reparo justo.

A linguagem é muito "terrena" para apontar fatos acontecidos no Éden.

Segundo os contestadores, a narrativa teria que usar figuras daquele mundo.

Eles estranham o uso das Doze Tribos e Leão da Tribo de Judá.

Acontece que todas as profecias são corporificadas na visão de imagens, que se desenham na mente do profeta.

Seria impossível traduzir aquelas imagens, por falta até mesmo de vocabulário conhecido pelos leitores.

Os próprios sábios da época não reconheciam outro mundo habitado além do nosso.

Por isso, João usou palavras familiares.

Nada mais certo!

Imaginem vocês se eu ganhasse o direito de expor minhas idéias, através de uma rede de televisão...

...Meia hora de programa à minha disposição.

Vocês acham que seria inteligente eu desperdiçar aqueles trinta minutos falando sobre a criação de cangurus, no outro lado do mundo.

Da mesma forma, o profeta do Apocalipse perderia seu tempo apontando detalhes locais do planeta Éden.

As "doze tribos" daqui serviram de parâmetro para mostrar as divisões dos povos de lá.

Também naquele mundo, os escolhidos foram "salvos", numa seleção de aglomerados humanos.

O profeta usou as doze tribos para definir estes grupos.

Também naquele mundo, alguém se erguera, na condição de um Cristo, para tanger os povos ao encontro de Deus.

Sem qualquer dúvida, o profeta João foi inteligente quando usou imagens conhecidas para ilustrar seus vaticínios.

Se hoje, falar de outros mundos habitados ainda é uma temeridade, imaginem o que seria naqueles tempos? .

O profeta João foi feliz, portanto, quando usou o rei Davi e as doze tribos.

Pelo jeito, fazendo as contas, continua de pé a minha tese.

Jesus é o nosso Cristo!

Aquele ancião simpático é o Cristo daquele outro planeta.

Se você sair, portas a fora, numa noite estrelada, verá, com seus olhos, milhões e milhões de mundos.

Alguns são habitados; outros não.

Aqueles que forem habitados todos têm seu Cristo.

Alguém terá que enfrentar o martírio, como avalista.

Este alguém terá que alcançar primeiro o grau supremo.

Terá que ocupar o cargo de "marechal" no exército de Deus.

Não poderá ser fraco ou sujeito ao pecado...

Terá que enfrentar os fariseus e escribas, que existem em todos os planetas...

... e será executado por eles.

Também neste ponto, a Bíblia, mais uma vez, confirma nossa pregação:

"...Aqueles, cujos nomes não estão inscritos no livro da vida do Cordeiro, que foi imolado desde o princípio do mundo".

Apocalipse, 13, v 8.

Esta tradução encontra-se na Bíblia católica, editada em 1950, pela Editora das Américas.

O tradutor protestante Ferreira de Almeida também verteu desta forma.

Faço este comentário, pelo fato de já existirem traduções mudando algumas palavrinhas.

Percebam como o texto se encaixa:

"...do Cordeiro, que foi imolado, desde o princípio do mundo".

A Teologia se "bate" e com razão.

Será que Jesus vem sendo "imolado" em outros mundos, para se tornar o "Cristo" de todos eles?

Estas palavras são extremamente perturbadoras.

Quando se define uma certeza de que não estamos sozinhos no Universo, esta definição torna-se ainda mais urgente.

Percebam o quanto é coerente a nossa linha doutrinária: cada planeta tem seu Cristo.

Em cada um deles, um dos Filhos do Homem se torna um Cordeiro de Deus, pela perfeição...

...Este Cristo é imolado pelos "fariseus e escribas".

Este "filho dileto" dos Céus se torna mediador e avalista dos pecadores...

A história se repetiu, e se repetirá.

Para nós que aceitamos a pluralidade dos mundos não existe mistério.

A nossa doutrina não se esgota no planeta Terra.

Ela é cósmica.

Desde o princípio, os Cristos têm sido "imolados", pagando o preço da redenção coletiva.

Eles cumprem seu dever com alegria, porque é através do martírio que penetram no estágio mais alto da evolução.

Ele (o Cristo) é o avalista, para que aquela raça pecadora permaneça mais algum tempo no condomínio planetário...

...e tenham novas oportunidades.

Quando eu disse que os Cristos encaram a morte com alegria, alguém me censurou:

- Ninguém será crucificado sem alguma revolta?

As próprias palavras do Evangelho, porém, demostram que Jesus teve "lucro".

Aos discípulos, no Caminho de Emaus, o Mestre disse:

"Ó nécios e tardos de coração para crer em tudo o que os profetas disseram.

Não devia o Cristo padecer tudo aquilo, para depois entrar na sua glória?"

Palavras de Jesus em Lucas, 24, vv 25 e 26.

Quem haveria de lamentar a morte, sabendo que seria glorificado, depois dela?

Há outra frase misteriosa do Apocalipse, que nos abre conjeturas sobre este outro Cristo que estamos estudando:

"...grande cidade, que em figura se chama Sodoma e Egito, e onde foi crucificado o seu Senhor".

Apocalipse, 11 v 8.

Dizem os teólogos que o uso deste símbolo é um disfarce, para confundir os perseguidores.

Eu não partilho da mesma idéia.

Isto me faz lembrar a avestruz, que coloca a cabeça na areia, para se esconder.

Digo isto porque não vejo em quê a citação de Jerusalém pudesse causar prejuízo aos cristãos.

Então por que "Sodoma e Egito"?

A resposta cabe dentro da nossa tese: outro planeta outro Cristo?

A cidade onde foi sacrificado aquele outro Cristo tinha as características da nossa Sodoma e do nosso Egito.

O profeta João "viu" e registrou.

A tendência milenar da teologia é de centralizar tudo na terra.

Até hoje está difícil conceber outros mundos.

Para os defensores do Céu exclusivo, só existem habitantes em nosso planeta.

Jesus foi monopolizado.

O Mestre tem que ser o único Cristo, para valorizar a doutrina que eles pregam.

Retornamos ao tempo de Galileu Galilei.

Saudosos tempos em que o Sol se movia ao redor da Terra.

Quem dissesse o contrário ia direto para a fogueira.

Hoje, todos sabem que os teólogos estavam errados.

É a terra que gira em torno do sol.

Agora, perguntamos:

Devem existir bilhões de planetas habitados.

Será que Jesus terá que ser crucificado, mais uma vez, em cada um deles?

Não, meus amigos...

Deus é muito rico.

Ele tem bilhões de assessores à altura de Jesus, para fazer este importante trabalho.

Por favor, deixem Jesus ficar somente com a Terra, que já tem lhe dado um enorme trabalho.

Não esqueçamos que o universo é composto de 135 bilhões de galaxias.

A tarefa do Cristo é melhorar o condomínio planetário.

O drama se repetiu e se repetirá sempre.

Neste momento em que nos comunicamos, mundos estão nascendo, e outros tem seus habitantes no tempo das cavernas.

Um terceiro grupo vive a euforia das mais perfeitas condições de vida.

Espalhados pelo infinito, planetas mil vivem suas experiências e espíritos iluminados aparecem para melhorá-los.

Na essência, a Verdade que todos pregam é a mesma:

O amor é fundamental!

O Logos da Grécia antiga, o Verbo do Evangelho de João, o Cristo de todos nós - representam o ápice da ascenção do espírito.

É o cargo de Marechal do Exércíto de Deus.

É o nosso destino final:

"Até que todos cheguemos a Varão Perfeito, na medida da completa estatura do Cristo".

Efésios, 4 v 13.

Louvado seja Deus!


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