Asas de Cera Derretem
Data: segunda-feira, 17 de janeiro de 2005
Existem duas faces que nos identificam.
Uma delas é aquela imagem que os outros fabricam.
Esta recebe o nome de reputação.
A outra, a verdadeira imagem - esta só Deus conhece.
Nós, que convivemos intimamente com esta realidade, somos incapazes de
compreendê-la.
Enormes são os segredos que guardamos no recesso da nossa consciência,
ao ponto de tentar escondê-los até de nós mesmos. .
Alguém poderá protestar:
Opa! Eu me conheço! Eu sei quem sou.
O ser humano é tão complicado, que muitas vezes ficamos em dúvida
se realmente nós nos conhecemos.
No portal dos templos da Grécia, os sacerdotes escreviam:
"Conhece-te a ti mesmo".
Para os gregos, o auto-conhecimento era indispensável
A introspecção era matéria de aprendizado.
Todo o esforço dos filósofos gregos se concentrava na abertura
da mente de seus discípulos.
Quem realmente somos?
Vigiar nossos pensamentos é muito importante, para definirmos a criatura
humana que se esconde atrás do nosso corpo.
Infelizmente, nós usamos óculos cor de rosa, quando fazemos auto-análise
e óculos escuros para julgar os outros.
Certa vez, eu fui forçado a rir de um cidadão extremamente sistemático.
Ele atravessara a vida solteiro, porque achava todo o mundo incapaz de conviver.
Alguém lhe perguntou:
- Mas, afinal, você nunca encontrou a mulher perfeita?
- Sim, respondeu o “dito cujo”. Uma vez eu a encontrei.
- Mas, então, por que o senhor continuou solteiro?
Meio vexado, o interpelado respondeu:
- Porque ela também procurava o homem perfeito.
É aquilo que diz o povo:
“Dois bicudos não se beijam”.
Imaginem só a convivência entre pessoas que se consideram perfeitas
e irrepreensíveis.
Não há “tatu” que agüente.
Dois “perfeitos”, entre aspas, são completamente incompatíveis.
Alguém poderá ficar preocupado:
O Getúlio tem citado o Evangelho - “sede perfeitos” – e
agora desmorona suas próprias palavras.
Como pode?
Se nos conhecêssemos verdadeiramente, saberíamos que a “perfeição” não é deste
mundo.
Compreenderíamos que se fôssemos perfeitos não estaríamos
encarnados num planeta de provas.
São nossos defeitos que nos mantém na “roda viva” das
reencarnações.
Seria bem mais fácil a nossa convivência, se aceitássemos
que todos somos mais ou menos errados.
O maior problema do ser humano é a tendência mórbida de se
considerar melhor do que os outros.
Temos mais educação.
Trabalhamos melhor e mais intensamente.
Pertencemos a uma raça mais pura.
A nossa família é mais ilustre...
Jesus desmontou por completo a hipocrisia dos sacerdotes do seu tempo, quando
disse:
“Os publicanos e as meretrizes entrarão antes de vós no reino
dos Céus”.
Mateus, 21 v 31.
Percebam que o Mestre censurava os príncipes da igreja do seu tempo.
Os fariseus e escribas tiveram que engolir a pílula.
No mundo espiritual, segundo Jesus, eles se encontravam abaixo das meretrizes
e dos odiados publicanos.
No âmbito social e político, eles eram considerados os “reis
da cocada preta”.
É aquilo que eu falei sobre reputação.
Eu posso ser grande no ponto de vista mundano, e valer muito pouco diante de
Deus.
Por isso, esta visão complacente de nós mesmos é um enorme
prejuízo em termos de nosso relacionamento com o divino.
Não será melhor esperarmos que o Pai Celestial julgue o nosso trabalho
e a nossa pessoa, antes de creditarmos a nota dez?
O preconceito é fruto da soberba.
Se não houvesse alguém se engrandecendo não haveria preconceito...
Certa vez, Gandhi foi convidado para fazer uma palestra.
No meio do salão, uma corda fora colocada, para dividir os assistentes.
Explicaram que a corda era para separar os “intocáveis” do
resto da platéia.
Mahatma Gandhi, mais que depressa, saltou a corda, e disse:
- Podem trazer a mesa do palestrante para este lado, pois eu me considero também
um dos “intocáveis”.
Não houve acordo.
Enquanto a corda não foi tirada, o Mahatma se recusou a fazer a palestra.
A Índia é um país onde as próprias religiões
pregam a discriminação.
Gandhi, porém, jamais aceitou aquele fruto podre da ignorância.
Sorrateiramente, como aranhas laboriosas, a sociedade vai tecendo a sua rede
de preconceitos.
E os preconceitos cavam abismos, separando as criaturas.
Até mesmo em casas de orações nós flagramos o preconceito
cavando valetas. .
A Parábola do Fariseu e do Publicano é um exemplo clássico:
"Dois homens subiram ao templo para orar: um era fariseu, o outro publicano.
O fariseu orava desta forma: Ó Deus, eu te agradeço porque não
sou como os demais homens: ladrões, injustos e adúlteros.
Graças te dou, Senhor, porque não sou como este publicano que aí está.
Eu jejuo duas vezes por semana, e dou o dízimo de tudo quanto ganho.
O publicano (...) não ousava sequer levantar os olhos, mas batia no peito
dizendo:
Senhor, tende piedade de mim, pecador”
Lucas, 18 vv 10 a 13.
E agora, eu pergunto para vocês:
Qual a oração que terá agradado mais a Deus?
É o próprio Jesus quem responde a pergunta:
"Digo-vos que este” (publicano) “voltou justificado
para sua
casa, e não aquele” (fariseu); “porque todo o que
se
exalta
será humilhado, mas o que se humilha será exaltado"
Lucas, 18 v 14.
Mesmo reconhecendo esta posição sábia do Mestre, é lamentável
que ainda se levantem barreiras separando as pessoas.
Ainda hoje, muitos continuam dizendo:
"Eu não sou como este publicano que aí está!"
Uma pitadinha ácida de pretensão continua envenenando o tecido
das nossas almas.
Jesus nos aponta uma doutrina surpreendente:
“(...) Eu não vim para julgar o mundo, e sim para salvá-lo”.
João, 12 v 47.
Percebam a nossa incoerência:
Temos sido implacáveis na condenação dos “publicanos” modernos,
esquecidos que o próprio Jesus não veio para julgar.
Os membros das igrejas e dos centros espiritualistas gostam de estar rodeados
de pessoas da mesma posição social.
Eles reagem à intromissão daqueles que consideram "estranhos
no ninho”.
Todo o estranho é potencial perigo.
A maioria dos religiosos classifica as pessoas pelas famílias a que pertencem...
...pelas roupas que vestem...
...pelos colégios que os filhos freqüentam...
...pelo volume dos seus depósitos bancários.
Uns são aceitos como "irmãos", outros como "amigos",
e um terceiro grupo, discretamente, como "conhecidos".
A discriminação corre solta, no pátio das igrejas.
Alexei Ivanovitch há muitos anos desejava freqüentar a catedral de
São Nicolau.
Tinha medo, porém.
Era um simples carpinteiro.
Ele temia a forma como iriam recebê-lo.
Os membros da igreja de São Nicolau eram figuras importantes.
Agora, porém, Alexei Ivanovitch tomara coragem.
De longe, ele ouvira palavras encorajadoras do próprio Vigário:
- A igreja se destina aos pobres, dissera o Padre. Ela pertence aos deserdados,
aos órfãos e aos enfermos.
Aquelas palavras desfizeram todos os receios de Alexei Ivanovitch.
Depois daquele incentivo, ele iria participar dos cultos na imponente catedral.
Preparou, com carinho, sua melhor roupa.
Cortou o cabelo.
Aparou a barba.
Acima de tudo, o carpinteiro pintou a casca de um ovo, para obsequiar seu vizinho
de banco.
Aquilo era costume na região, e ele queria ser gentil.
Alexei desejava tudo perfeito, naquele momento importante da sua vida.
Depois de intensa expectativa, o grande dia chegou.
Quando viu as carruagens se enfileirarem, diante da igreja de São Nicolau,
Alexei Ivanovitch se misturou com a multidão.
Conservando a mão no bolso, Alexei carregava aquele ovo como se fosse
um tesouro.
Afinal, era o seu talismã, a senha que lhe abriria as portas da casa de
Deus.
Penetrou vagarosamente, e foi andando entre as fileiras de bancos, enfeitados
por laços e por flores.
A roupa nova incomodava o carpinteiro.
O sapato apertava.
Estranho suor escorria pela sua barba.
Alexei Ivanovitch percebeu, então, tardiamente, que em toda a igreja,
não existia uma única pessoa da sua condição social.
Foi um alívio, portanto, quando um rapaz forte agarrou o seu braço
e o arrastou para fora da igreja.
- Entregue-me esta arma que você carrega no bolso, idiota, ordenou-lhe
o comissário de polícia.
Alexei esboçou gesto de defesa, e o comissário arrancou-lhe à força
o objeto perigoso.
A "arma" explodiu nas mãos do policial, escorrendo gema e clara
por todos os lados.
Aquele ovo que Alexei pintara com tanto carinho servira como pista para denunciá-lo
como bandido.
Infelizmente, meus amigos, não foi apenas a atitude suspeita da mão
no bolso que atraiu desconfiança.
Grupos se formam e eles rejeitam a invasão do seu espaço.
Esta é a grande verdade!
Para nos aprofundarmos nesta matéria, somos forçados a apontar
a discriminação que campeia por toda parte.
Pessoas que frequentam igrejas e centros espiritualistas não são
exatamente aquelas que Jesus mais procurava.
O Evangelho é nossa fonte.
Simão Pedro, Tiago, João e André eram pescadores cujo suor
cheirava peixe.
Maria Madalena havia sido meretriz.
Zaqueu e Mateus trabalhavam como coletores de impostos, e por isso eram mal vistos
pelo povo.
Joana, esposa de Cusa, era a única seguidora com "status" de
grande dama.
Ainda assim, para complicar, o seu marido era conselheiro do pervertido rei Herodes.
Estas ligações consideradas espúrias incomodavam os sacerdotes.
Causavam escândalo.
A tal ponto, que eles não se cansavam de recriminar Jesus.
"Por que come vosso Mestre com publicanos e pecadores?"
Ainda que isto desagrade alguém, não podemos negar esta verdade:
Jesus tinha enorme carisma para lidar com este tipo de gente.
...gente de sangue quente...
...gente sem títulos de nobreza...
...criaturas despojadas, de sangue vermelho, com as faces marcadas pelo sol de
verão.
O Nazareno gostava de se misturar com estas pessoas.
Se o cristianismo partiu para outros modelos, a culpa não é de
Jesus.
O Evangelho permaneceu conosco, para evidenciar as preferências do Mestre.
Não podemos negar que o cristianismo significa esta convivência
fraterna de todos os agrupamentos.
Ninguém é maior,
Ninguém é menor.
Todos somos iguais.
A bíblia inteira, meus amigos, é um libelo contra os soberbos.
O profeta Ezequiel nos aponta o rei de Tiro – Itobal – em duas reencarnações.
Nas duas vidas, a soberba foi sua ruína.
“Eu sou Deus” – ele dizia, “sobre a cadeira de Deus me
assento”.
Ezequiel, 28 v 2.
Ele se considerava rei por direito divino, e assim podia “pintar e bordar”.
“És mais sábio do que Daniel, e não há segredo
que se possa esconder de ti”.
Ezequiel, 28 v 3.
“Por causa das tuas riquezas se elevou o teu coração”.
Ezequiel, 28 v 5.
Riqueza e sabedoria – esta mistura destruiu Itobal.
Disse Deus: “(...) eles sacarão da espada e profanarão a
tua majestade (...) morrerás de morte violenta”.
Ezequiel, 28 vv 7 e 8.
A Bíblia nos aponta outra vida anterior deste mesmo espírito, desta
vez fora da Terra, no planeta Éden.
“Estavas em Éden, no Jardim de Deus”.
Ezequiel, 28 v 13.
Aquele espírito viveu, portanto, no mesmo lugar de onde vieram Adão
e Eva.
O orgulho, também lá, acabou com ele.
“Tu te orgulhaste de tua beleza”, diz a Bíblia. “Deixaste
o esplendor corromper tua sabedoria”.
Ezequiel, 28 v 17.
Percebam como é difícil se desfazer das nossas inclinações...
...e o orgulho talvez seja a mais terrível de todas elas.
O espírito de Itobal veio do planeta Éden, reencarnou entre nós,
mas continuou laborando nas mesmas transgressões.
Alguém poderá perguntar: A Bíblia não estará descrevendo
apenas uma vida?
Para explicar, nós apontamos o gênero diferente de morte:
Em sua vida na Terra, Itobal foi morto pela espada, conforme versículos
7 e 8.
Aquele que viveu em Éden, ao contrário, desencarnou pela ação
de um incêndio.
Palavras do próprio Deus:
“(...) fiz sair do meio de ti um fogo que te consumiu e te reduzi a cinzas(...)”.
Ezequiel, 28 v 18.
Portanto, aqui a morte foi causada pelo fogo.
O espírito é o mesmo, mas a vida está claramente dividida
em duas etapas: duas reencarnações.
Dois tipos diferentes de morte.
A narrativa bíblica não deixa dúvidas.
Continuaremos reencarnando, até aprendermos aquela virtude maravilhosa
chamada humildade.
Enquanto torcermos o nosso nariz, no alto da nossa torre de cristal, seremos
semelhantes ao fariseu da parábola.
"Graças a Deus, eu não sou como este publicano (...)",
será nossa prece favorita...
...a prece do fariseu.
Podem ter certeza de que enquanto procedermos desta maneira não seremos
cristãos.
A nossa religião poderá ser um hábito......
... um clube recreativo...
... um desfile de modas.
A nossa religião poderá ser tudo; jamais será cristianismo,
porém.
O milionário recebe a visita, de braços abertos, e vai logo contando
seus privilégios.
- Amigo Cristovam, perceba o palácio onde moro?
Importei mármore de Carrara para construí-lo. Os lustres vieram
da Espanha. O arquiteto da Itália. Todos estes quadros são autênticos,
adquiridos em galerias da Europa. Diante de todas estas belezas, eu vivo como
se fosse o rei da terra.
- Por favor, baixe a voz, - exclamou Cristovam. Podem ouvir-te os que moram em
choupanas de chão batido. Eles não compreenderiam.
O milionário nem sequer ouviu as advertências.
- Senta-te à minha mesa, amigo. Escolherás o vinho da tua preferência.
Tenho exemplares de toda parte. O caranguejo chegou da França, hoje pela
manhã. O camarão é originário de Portugal. Todos
os meus almoços e jantares são banquetes. Eu sinto, cada vez mais,
que o reino da terra me pertence.
- Estou percebendo, disse Cristovam... Mas não fale tão alto. Podem
ouvir-te aqueles que não tem o que comer. Eles não entenderiam.
O rico proprietário nada escutava.
Ele concentrava-se apenas na música da sua voz.
- Vou mostrar-te o meu guarda-roupa, Cristovam. Repara os tecidos destes ternos.
Tudo importado da Inglaterra. E quem os fez? Artistas da tesoura e da agulha,
artesãos caríssimos. Todos eles com mestrado em alta costura. Dentro
destas roupas, eu me sinto como verdadeiro rei da terra.
- Fala baixo, por favor. Podem ouvir-te aqueles que tiritam de frio, por falta
agasalho.
- Ah! Quero falar-te, também, sobre minha saúde. Meu médico
particular me examina todos os dias. Mudo de clima e descanso em águas
termais. Uso vitaminas e fortificantes importados. Sinto-me como um rei da terra,
rodeado de recursos por todos os lados.
- Por favor, abaixe o tom da voz. Podem ouvir-te aqueles que morrem por falta
de remédio.
-Amigo Cristovam, eu quase esqueci de mostrar-te. Mandei gravar o Sermão
da Montanha de Jesus nos Estados Unidos. Embora eu não entenda suas misteriosas
palavras, acho este poema muito lindo...
- Agora sou eu quem te pede! - exclamou Cristovam. Erga o volume bem alto, para
que todos os pobres escutem estas palavras.
Se como dizes, o reino do mundo te pertence, deles – dos pobres - é o
reino da bem-aventurança eterna.
Com certeza, meus amigos, aquele homem continuou sem compreender o Sermão
da Montanha.
O grande mal, a suprema apostasia do espírito – é não
ter ouvidos para escutar a realidade.
Viver o mundo de fantasia, numa ilha de sonho, talvez seja a síndrome
da pior doença do mundo.
O ser humano vai sendo minado pela ilusão de sua grandeza.
Ele se acha o único herdeiro de Deus.
O soberbo se considera um Sol, e todos os demais astros são seus tributários.
Ele acha que Deus fez o mundo para seu prazer...
Todos nós, em redor, não passamos de figurantes.
No século dezenove havia consenso de que os escravos não tinham
alma.
Por isso, pela ótica das classes dominantes, era justo que fossem castigados.
Hoje mesmo, certos setores religiosos se consideram os reis da cocada preta.
Eles são os únicos “salvos”, num planeta de pecadores
irremediavelmente perdidos.
Eles são os únicos bons.
Eles se apresentam como donos do “Espírito Santo”.
Eles ordenam...e Deus obedece.
Eles tomam conta da graça de Deus, como se fossem proprietários
das “capitanias hereditárias”.
Tudo lhes pertence no reinado do “faz.de conta” que montaram com
retalhos da Bíblia.
É tamanha a criatividade de certos grupos, que lembramos aquela velha
prática de vender indulgências.
Parece mais uma imobiliária negociando terrenos no Céu.
No Evangelho, nós encontramos que o Cristo é o “Caminho”.
Existem correntes, hoje em dia, tentando mudar o endereço:
Eles procuram, de todas as formas, colocar praças de pedágio no
caminho de Deus.
A própria Bíblia, tão venerada por eles, não favorece
tais arroubos.
O profeta Jeremias nos aponta esta grande verdade:
Deus não se dobra aos caprichos de qualquer figura humana.
Por mais importantes que sejam, o Pai Celestial não atende aos pleitos
dos advogados da terra.
Ele tem seus próprios métodos de governar e de fazer justiça.
“Disse-me, porém, o Senhor”, escreveu Jeremias: “Ainda
que Moisés e Samuel se colocassem diante de mim, meu coração
não se inclinaria para este povo; afastai-o de diante da minha face”.
Jeremias, 15 v 1.
Imaginem vocês:
Mesmo que surgissem reencarnações de Samuel ou Moisés, Deus
não se dobraria ao apelo deles.
O texto é muito claro para ser desdenhado.
Vamos retornar a Deus, meus amigos.
Os pregadores servem apenas para preparação do terreno.
De foice nas mãos eles se encarregam das ervas daninhas, abrindo caminho
para as sementeiras.
Quem faz a germinação das plantas, porém, é nosso
Criador Eterno.
Ninguém se iluda, tentando apresentar cenário diferente.
Nem Moisés, nem Samuel, nem Santo Isto ou Aquilo terão poderes
para alterar a Lei do Retorno.
Cada um receberá segundo suas obras.
Ninguém “tomará posse da graça” enquanto persistir
de nariz empinado, julgando-se mais importante do que os outros.
Não basta ser bom.
É indispensável que sejamos humildes.
É necessário que reconheçamos a grandeza de Deus, e o quanto
somos pequeninos.
Olhar os nossos irmãos com aquela certeza de que todos estamos no mesmo
barco.
Todos nós caminhamos para o mesmo destino.
Só Deus conhece quem é melhor...ou pior.
Que o Juiz Supremo nos julgue a todos.
Louvado seja Deus.