Data: segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
Aquela mulher apareceu como estrela cadente, no firmamento do Evangelho.
Infelizmente, nem os seus dados pessoais foram registrados.
A narrativa aponta unicamente que ela foi surpreendida em flagrante adultério.
Hildebrando Lima, em seu livro "Parábolas Espiritualistas", nos oferece uma versão aceitável.
O marido e o filho costumavam espancá-la, para tirar-lhe as moedas ganhas, quando voltava do trabalho.
Durante toda vida, aquela mulher só conhecera violência e maus tratos.
Desde criança, humilhada, ela vivera na insegurança da pobreza, sem o arrimo dos próprios pais.
Isto, de certa forma, suaviza a sua imagem negativa.
Vocês não acham que o sofrimento daquela mulher pode ter sido atenuante para sua transgressão?
Todos os nossos atos podem ser atenuados ou agravados por circunstâncias exteriores.
O cenário onde cada lance ocorre é levado em conta: cada caso é um caso, e o julgador é nosso Deus “Fiel e Justo”.
Escute o que diz a Bíblia:
"(...) os justos e os sábios e os seus feitos estão nas mãos de Deus; por isso o homem não tem capacidade para discernir quanto ao seu próprio mérito: Tudo se reserva incerto em nosso futuro".
Eclesiastes, 9 vv 1 e 2.
O Criador penetra as profundezas da nossa mente, e define o merecimento de cada um: Só Ele é capaz de medir o tamanho do homem.
Aliás, como este programa também é cultura, diremos que este texto foi aproveitado pelo Concílio Tridentino da Igreja Católica.
Ele foi usado como argumento contra a tese dos protestantes de que já se encontram "salvos".
O texto me parece claro: Só Deus tem "olhos de raios-x" para enxergar dentro de cada um de nós?
Voltando à mulher adúltera, nós reconhecemos o seu sofrimento, e avaliamos a sua resistência.
Numa daquelas tardes apareceu o sedutor, com fala mansa e gestos largos de generosidade.
Ela jamais desejara tombar naquele abismo.
Sua resistência foi longa e feroz.
Como escreveu Vitor Hugo:
Homem, jamais condenes a mulher perdida.
Quem sabe qual o transe em que ela foi vencida?
Quem sabe se foi longo o seu combate rude,
Entre as mil privações que assaltam a virtude?
O assédio do tentador não lhe deu descanso, derrubando, uma por uma, todas as cidadelas do seu recato.
Aquela mulher jamais conhecera um gesto de carinho...
...E aquele homem, naquele momento, estava sendo gentil com ela.
Vocês podem Imaginar as artimanhas utilizadas pelo sedutor para vencer as últimas barreiras?
Neste mesmo poema, a genialidade de Vitor Hugo nos aponta o "fundo do poço":
"É no lodo que o mar esconde o seu tesouro" - exclama o poeta.
Não será este o momento do perdão?
O "fundo do mar" semelhante ao "fundo do poço" - podem representar o minuto decisivo da "virada", o encontro com o Cristo.
Quando não existe mais terreno para percorrer, dobrar os joelhos poderá ser a derradeira alternativa.
Todas as portas se fecharam para aquela mulher.
Homens truculentos se encontravam com pedras nas mãos, para lançá-las raivosamente contra ela.
Eles são juízes e carrascos, ao mesmo tempo.
No meio da multidão raivosa, somente uma figura vestida de branco conserva tranqüilidade.
A expectativa cresce a cada momento.
Quando o povo se junta ninguém poderá prever as conseqüências.
Será que aquele homem, sozinho, desarmado, terá forças para salvar aquela mulher?
Os sacerdotes do Sinédrio encontravam-se por perto.
Toda a trama fora urdida por eles, na busca da destruição daquele agitador que se chamava Jesus.
A grande verdade é que o Rabi da Galiléia era o legítimo adversário daqueles sacerdotes.
A mulher não passava de mero pretexto para acabar com Ele.
O Templo precisava ficar livre daquele radical perigoso, que surgira de Nazaré, para semear a blasfêmia.
Os servos do Sumo Sacerdote insuflavam a multidão:
- Morte à pecadora! Morte à pecadora!
Jesus não tinha saída: Se aprovasse a sentença de morte violaria as leis de Roma e a sua própria doutrina.
Se proibisse a execução da pecadora estaria contra Moisés, que recomendara o apedrejamento.
Pelo jeito, os fariseus e escribas encurralaram o rabi Galileu.
Aquela armadilha dos sacerdotes se revelara perfeita.
E tem mais um agravante: Se Jesus consentisse na pena de morte onde ficariam seus apelos pelo perdão e pela misericórdia?
Suas opiniões estavam bem vivas na consciência do povo.
"Sede misericordiosos como é misericordioso vosso Pai Celestial".
Palavras do Mestre em Lucas, 6 v 36.
Como poderá aquele Pregador continuar coerente depois de legitimar o massacre?
A pressão popular continuava cada vez mais ruidosa.
Vozes roucas, repletas de ódio, proferiam blasfêmias.
Todos apontavam a impunidade como responsável pela ira de Deus.
- Somos um povo escravo, porque existem pecadoras impunes desafiando as leis de Jeová!
Alguns já apontavam, com raiva, a torre Antonia e o governador Pôncio Pilatos, como agentes da vergonha.
De um problema localizado, os agitadores passaram ao nacionalismo, aproveitando para incendiar as massas.
Neste ponto, a mulher já era responsabilizada pela miséria existente que se abatera sobre a nação.
Deus abandonara Israel, desgostoso com gente da laia daquela mulher pecadora.
Infelizmente, os formadores de opinião muita vezes deturpam os fatos, para prevalecer.
Quanto mais barulho e desordem maiores serão os lucros.
Na opinião dos agitadores, Jesus perderia o jogo tanto votando contra quanto votando a favor.
O Nazareno não tinha escolha.
O interesse dos sacerdotes era forçar Jesus a se definir.
O resto seria feito pela astúcia dos adversários do Mestre.
Percebam a falta de honestidade dos fariseus: Aquele pecado fora cometido por duas pessoas...
E aquela mulher estava sozinha e desamparada na hora da prestação de contas.
Será coerente um julgamento que não toma conhecimento do outro culpado?
O sedutor continuaria livre e sem algemas para continuar enganando outras mulheres?
Esta diminuta controvérsia, porém, não interessava aos fariseus.
O propósito deles estava bem definido.
Uma ciranda de fogo se formara em torno de Jesus.
O Mestre mais parecia um bombeiro rodeado de chamas por todos os lados:
Será possível vencer tanta malícia?
A mulher encontrava-se no chão fazendo esforços para esconder o rosto.
Os cabelos revoltos estavam umedecidos e empapados de suor.
A expectativa crescia, e cada vez chegavam mais curiosos.
Os murmúrios da multidão exigindo vingança se avolumavam.
Os discípulos perceberam a infinita tristeza que ensombrava o rosto do Divino Mestre.
Jesus sabia que Ele era a verdadeira "caça".
Percebia ódio nos semblantes endurecidos, que só conheciam a lei da vingança - "olho por olho, dente por dente".
Entre eles havia consenso num ponto:
Jeová somente seria aplacado quando apedrejassem aquela pecadora.
Se a lei decretava aquele castigo, para continuar profeta, Jesus teria que se curvar ao império da lei.
Naquele momento de nacionalismo exacerbado, chocar-se contra as ordenações de Moisés seria politicamente incorreto.
Este era o ponto extremo da controvérsia.
De uma coisa temos absoluta certeza: o enorme círculo estava se fechando em torno de Jesus e daquela mulher.
Algumas centenas de homens já se encontravam na praça, e todos acariciavam as pedras que carregavam nas mãos.
Esperavam apenas um gesto do Nazareno, para desencadear o processo da execução.
Dali a pouco, seriam tantas as pedras lançadas, que o corpo da pecadora já ficaria sepultado no mesmo lugar.
Não restavam dúvidas: o plano dos sacerdotes fora traçado com esmero.
O livro da lei não deixara margem para controvérsia.
"Se um homem cometer adultério com a mulher do seu próximo, seja morto o adúltero e a adúltera".
Levítico, 20 v 10.
Por outro lado, pelas leis romanas, um judeu não poderia decretar uma sentença de morte.
...e Jesus era judeu.
O tempo passava, e o circo estava montado.
Ninguém queria perder os lances daquele espetáculo.
Nos primeiros lugares se encontravam os enviados dos fariseus e escribas.
Os "paus mandados" dos sacerdotes comandavam palavras orquestradas: Morte a pecadora! Morte a pecadora! Abaixo o adultério!
Por incrível que pareça, foram estas ameaças que apressaram Jesus na virada daquele jogo.
De imediato, o Mestre tomou a dianteira.
Ele já tinha um plano perfeito para reverter a vantagem.
O olhar penetrante do Rabi percorreu o grupo, numa atitude quase teatral, realizando uma devassa em regra.
Ele foi olhando fixamente para cada um dos detratores e escrevendo, com os dedos, sobre a areia:
Assassino... ladrão... adúltero... estuprador... mentiroso... hipócrita... filho desnaturado...
E assim por diante.
O Mestre foi buscar o pecado maior de todos eles, oculto nas dobras da falsidade e da hipocrisia.
Jesus olhava fixamente para cada um dos acusadores da mulher, e publicava sua transgressão, escrevendo na areia.
A revelação de segredos guardados a sete chaves representou golpe decisivo na "tropa de choque" dos fariseus?
Até os decibéis das vozes raivosas foram sendo reduzidos.
Aquelas criaturas sentiram que Jesus tinha uma arma secreta.
E tremeram na fragilidade das suas consciências.
Todos considerados "bons moços", protegidos pela força da impunidade, viram-se surpreendidos pelas revelações de Jesus.
E agora?
Neste momento, a figura majestosa do Rabi Galileu ergueu-se e os convidou para que fizessem justiça.
Que todos utilizassem as pedras que tinham nas mãos.
Jesus exigia apenas uma condição:
- "Aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra".
João, 8 v 7.
O Nazareno não se envolvera com a lei de Moisés, nem se expusera aleatoriamente a um confronto com os romanos.
O Mestre colocara de lado as limitadas convenções humanas, e depositara o fardo da pecadora numa instância mais alta...
...o tribunal da consciência.
Não demorou muito tempo, Ele escutou o barulho das pedras sendo jogadas fora, e os passos dos acusadores se distanciando.
A sábia sentença produziu o efeito de água na fervura.
Naquela noite, os hipócritas devem ter procurado esconder o rosto diante da própria vergonha.
Por certo, eles não tiveram coragem de olhar-se no espelho.
Toda aquela gente recrutada para destruir Jesus voltou para casa mergulhada em frustração.
Eles foram incomodados pela própria sombra.
O entulho de suas consciências mergulhadas em perversidade fora exposto em praça pública.
Além de vencê-los, o Rabi lhes ensinara mais uma lição:
"Não julgueis para não serdes julgados, (...) pois com a medida que medirdes também sereis medidos".
Palavras de Jesus em Lucas, 6 vv 37 e 38.
A maior de todas as lições, porém, aparecera na sentença que evidenciava toda a sabedoria do Grande Mestre.
Somente os "sem culpa" adquirem o direito de jogar pedras, e estes perdem a vontade de apedrejar.
"Na mesma medida que medirdes sereis medidos(...)"
Isto aí representa uma lição extraordinária de vida.
Isto quer dizer que deveremos pensar duas vezes antes de condenar os outros?
No mundo espiritual algo está dimensionando nossas obras.
Na proporção do comprimento da nossa língua ferina, crescerá o rigor dos juízes que julgarão nossos atos.
Cuidado! A nossa impiedade poderá custar caro.
No momento que ajuntarmos pedras para lançar sobre as adúlteras, o Mestre poderá escrever algo na areia sobre nós.
A hipocrisia é um dos maiores pecados.
Jesus chamou os sacerdotes hipócritas do seu tempo usando o apelido de "sepulcros caiados".
Bonitinhos por fora, podridão por dentro.
Certa vez, numa das minhas palestras alguém me perguntou:
- Getúlio, em todas as suas explicações você não citou uma única palavra proferida por esta mulher.
Ela terá sido deficiente da fala?
Não! Ela não era deficiente da fala.
A vergonha e o medo a silenciaram, até a debandada dos seus acusadores.
Depois, ela falou.
Foi Jesus quem provocou aquelas duas palavrinhas, ainda sob o impacto da aflição que ela sofrera:
- Mulher, onde estão os teus acusadores? perguntou-lhe o Rabi. Ninguém te condenou?
- Ninguém, Senhor, respondeu ela.
Então Jesus lhe disse: "Nem eu tão pouco te condeno; vai e não peques mais".
João, 8 vv 10 e 11.
Você deverá estar pensando que as palavras - "Nem eu (...) te condeno" sejam demasiado permissivas?
Você não faz idéia das polêmicas que têm sido geradas por este trecho do Evangelho?
Não existe dúvida quanto a culpa.
A adúltera não negou o adultério: ela foi flagrada!
No início do cristianismo, alguns grupos tentaram até mesmo arrancar esta página.
De minha parte eu não farei "tempestade em copo d’ água".
Prefiro esclarecer, ao invés de criticar.
Percebam que Jesus não absolveu a pecadora.
Ele simplesmente não a condenou: Isto é diferente.
Alguém dirá: Espera um pouco, Getúlio: eu não vejo esta diferença que você proclama.
Jesus deixou seguir livre aquela mulher, abrindo precedentes para que outras a seguissem.
Um erro balizando uma seqüência de erros.
Você não acha que no mínimo a justiça foi obstruída?
Este é o questionamento daqueles que não concordam com o uso da misericórdia por parte do Divino Mestre.
A minha resposta é a seguinte:
Dentro dos parâmetros da doutrina pregada por Jesus, a forma de castigo é que foi contestada, não a culpa.
Em momento algum, o Mestre absolveu a mulher.
Simplesmente, ele a livrou de morte violenta.
Como espírito perfeito, sem pecado, o Cristo tinha "carta branca" para apedrejar a pecadora.
Se o fizesse, contudo, não seria mais o homem perfeito.
O sangue teria manchado suas mãos!
O apedrejamento era preceito legal no tempo de Jesus.
Todavia, códigos provisórios não poderiam se sobrepor ao Código Eterno que Jesus conhecia e respeitava.
A cadeira elétrica é preceito de lei nos Estados Unidos.
Quando um juiz decreta a execução do réu, isto lhe será imposto como transgressão no plano do espírito?
A culpa pelo homicídio oficializado não será do juiz.
Como executor do seu trabalho, ele poderá ter as mãos limpas, conforme seja a maneira piedosa do seu procedimento. .
Culpados mesmo serão sempre os manipuladores da lei.
A pena de morte, em qualquer circunstância, é uma violação do sagrado direito à vida.
Código algum poderá modificar esta cláusula pétrea da Constituição Universal.
Só Deus pode interromper nossa existência corpórea.
O "não matarás" é um preceito divino: É uma lei maior!
Toda a violência é condenada pelos Códigos Eternos.
Não existe crime que não seja considerado hediondo.
Matar representará sempre, por todas as razões, uma capitulação do espírito ao império da besta.
Uma pergunta inquietadora baila na consciência de todos nós, porém.
- O bandido irrecuperável não justificará a pena de morte?
- Não! Um crime jamais justificará outro crime.
Se assim fosse, estaríamos regredindo ao "dente por dente, olho por olho" de Moisés.
Retornaríamos ao ciclo da barbárie.
Teremos que optar de uma vez por todas: Ou seguimos Moisés ou firmaremos nossa opção por Jesus.
Neste ponto não existem atalhos, nem dois caminhos, nem duas leis.
Não podemos ficar com os pés em duas canoas.
Há formas mais inteligentes de se inibir o malfeitor, dentre elas a prisão perpétua: A morte do bandido poderia ser violação do plano divino.
Afastar do convívio social é uma alternativa menos opressora e muito mais inteligente.
A prisão perpétua não destrói eventual regeneração do agressor: O criminoso mais cruel pode ser recuperado.
“Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”.
Este provérbio muito usado pelo povo é verdadeiro.
Ninguém resiste eternamente aos apelos do bom senso.
O cristão não pode aplaudir a vingança, mesmo envolvida com todos os argumentos do interesse coletivo.
A violência será sempre condenada pelas leis divinas.
No caso da mulher surpreendida em adultério, ainda temos mais um questionamento:
Se o Mestre sempre foi coerente, não terá sido um desvio da sua conduta facilitar a vida das mulheres adúlteras?
Ele disse, certa vez:
"(...) o que Deus uniu não separe o homem".
E completou: "(...) a separação só é válida em caso de adultério". Mateus, 19 vv 6 e 9.
Percebam que ele foi duro com o adultério: Ele desobrigou o outro cônjuge de permanecer com o companheiro adúltero.
Quando o cristal da união é quebrado não adianta remendar, pois não existe cola para devolver a integridade ao vaso.
Agora, uma coisa precisa ficar esclarecida:
Nada de apedrejamentos, rancor ou represálias.
O certo será deixar o cônjuge culpado seguir seu caminho em paz, eliminando qualquer desejo de vingança.
Voltando à mulher adúltera, outra coisa despertou nossa curiosidade:
O que aconteceu com ela depois daquele susto?
Infelizmente, não existe registro no Evangelho...
Percebam que ela se afastou de Jesus até mesmo sem agradecê-lo.
Se ela proferiu algo, falou tão baixinho que somente Jesus ouviu...Ele e os seus anjos!
De uma coisa podemos ter absoluta certeza, porém: aquela mulher jamais terá sido a mesma.
Ela foi flagrada em adultério...
...foi julgada e condenada...
...os seus detratores, todavia, não conseguiram executar a sentença.
Um homem desarmado conteve a fúria dos seus carrascos, escrevendo estranhas palavras nas areias do pátio.
Isto ela jamais terá esquecido.
Verdade! Aquela mulher deverá ter cristalizado, na memória, a figura impar do Nazareno: o seu perfil mágico e a sua coragem.
Inegavelmente, ela presenciara um grande milagre?
E todo aquele milagre aponta, até hoje, uma verdade:
Nós somos muito rápidos no gatilho da condenação.
A censura é constante, o puxão de orelha inevitável.
- Não tome vinho.
- Não trabalhe no dia de descanso.
- Não cobice a mulher do próximo.
A religiosidade foi transformada num autêntico problema de postura e procedimento.
Escapou da trilha - pedra nele! Pedra nela!
As grandes lições de Jesus acabaram esquecidas, no meio de tanta reprimenda e de tanta legalidade.
Talvez uma das frases mais surpreendentes do Nosso Rabi seja uma contradição explicita diante desta postura inamistosa.
Porque Jesus disse:
“(...) Eu não vim para julgar o mundo e sim para salvá-lo”.
Palavras do Mestre em João, 12 v 47.
Estas palavras representam pá de cal sobre os códigos de relacionamentos dos nossos líderes religiosos.
É o próprio Jesus afirmando que não descera para julgar.
Não vale a pena ficar com o dedo em riste, apontando os pecadores, minha gente.
Senhores e senhoras: Quando as coisas se tornarem erradas irremediavelmente, é de amor que se precisa não de pedras.
O amor pode eliminar as pedras da vingança.
A terapia do amor: Será que esta panacéia encontra-se com sua validade vencida, neste milênio conturbado?
Não acreditamos que um remédio tão poderoso tenha perdido sua eficácia.
O amor é tão eterno quanto Deus, meu caro.
Por isso, ele jamais perderá a validade.
O próprio "Deus é amor", nas palavras de João Evangelista.
Se a nossa justiça começasse no "abc" do amor, com certeza não chegaríamos ao "z" do apedrejamento.
É preciso bater mil vezes nesta mesma tecla: o amor será a ponte que nos levará ao Pai Celestial
O ressentimento, por sua vez, é dinamite que destrói esta ponte.
Se você não perdoa, nunca gozará o alívio de ser perdoado, porque você não será perdoado.
É o que diz o "Pai Nosso":
"Perdoai-nos, Senhor, assim como nós perdoamos os nossos devedores".
Louvado seja Deus.