Data: segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Todos temos um selo carimbado em nosso interior.
Este selo é a nossa marca de qualidade.
Tudo o que fazemos reflete o embalo ritmado desta característica pessoal inconfundível.
De certa maneira, não nos afastamos das imposições desta ditadura invisível que permeia e reflete as nossas atitudes.
É aquilo que chamamos o estilo do ser humano.
O estilo do homem é sua marca registrada.
François Fénelon já dizia, no século XVII:
“O estilo do homem é parte dele, tanto quanto seu rosto, a sua estatura, ou o ritmo do seu pulso”.
Alguém que nasceu selvagem, no meio do mato, teima em fazer jóias finas.
E ninguém consegue obrigá-lo a mudar de idéia
Ele se recusa a produzir bugigangas para enganar turistas.
Seria tão fácil ganhar alguns trocados com bijuteria barata, produzida em poucos minutos.
Fácil e super-rendoso, porque os turistas estão ali para gastar seu dinheiro e levar lembranças amenas.
Alguém lhe perguntou por que passava tanto tempo produzindo obras de arte, quando poderia ganhar muito mais?
- Tentei, explicou ele, mas não consegui. Era a mesma coisa que fabricar dinheiro falso. Poderia até enganar os outros, porém, jamais conseguiria me enganar. Olho minha conta bancária às vezes. O meu rosto, porém, eu sou obrigado a enxergar todos os dias.
Foi a resposta daquele homem.
Fazer alguma coisa bem feita, que possa considerar sua é uma imposição de consciência.
- Quando vendo uma jóia rara, o artesão me explicou, eu me sinto parte dela.
Onde aquela jóia estiver estará uma parcela do meu ser, da minha personalidade, do meu talento.
O mundo material em que nós vivemos pode ser um caos.
Por isso as almas limpas sentem necessidade de inverter este caos, espalhando ordem no seu recanto.
Somente desta maneira nós criaremos o nosso próprio Arco-Íris.
O estilo de buscar o lucro, o estilo de sonhar, o estilo de conviver - é diferente de uma pessoa para outra.
Força alguma, na Terra, teria suficiente capacidade para decretar modificação neste meu sacrário interior.
Também os criminosos são muitas vezes embaraçados por esta maneira peculiar de atravessar a vida.
Seu estilo pessoal poderá transformá-los em suspeitos.
Muito antes dos computadores modernos, na década de cinqüenta, do século vinte, a polícia de Los Angeles já explorava sistema eletrônico.
Seus idealizadores já procuravam características que eram repetidas pelos suspeitos de crimes.
Muitos criminosos foram descobertos através do sistema.
- Eu Não posso ir com o senhor, disse a garotinha ao cavalheiro amável. Só se vovó deixar. Ela está ali dentro do armazém. Mandou-me esperar aqui fora.
- Vou perguntar a ela, disse o cavalheiro amável.
Fingindo consultar a avó, dali a pouco ele saiu e voltou dizendo:
- Sua avó me autorizou a levá-la comigo para comprar aquele vestidinho bonitinho que eu prometi a você.
Uma hora depois a Central de Polícia era notificada de que encontraram a criança no porão de uma casa abandonada.
Parecia não haver nenhuma esperança de encontrar o pedófilo.
Baseado no depoimento da garotinha, o banco de dados eletrônico da polícia, porém, foi buscar na memória os hábitos de milhares de pedófilos.
Neste caso, duas palavras apontaram o criminoso:
- “Vestidinho bonitinho” ele deixara escapar num crime que praticara há muitos anos.
Estava definida a suspeita, que depois foi confirmada com a prisão e a confissão do marginal.
Seu nome: Samuel Chenault.
Todas as pessoas têm estilo próprio, um padrão de comportamento e hábitos difíceis de abandonar.
Gestos espontâneos, frases costumeiras, precauções evidentes, tudo isto deve compor o banco de dados.
A velocidade da eletrônica por certo trará algo característico do criminoso.
Por isso a riqueza de detalhes é importante.
Sete arrombadores forçaram cofre de banco e se apoderaram de 15.000 dólares.
Não deixaram impressões digitais e não foram vistos.
Quarenta minutos depois, porém, ocorreu a identificação.
Este grupo, em outros arrombamentos, mostrara ser previdente deixando duas portas abertas para eventual fuga.
Esta característica os definiu no meio dos dados eletrônicos.
Isto mostra que todos os seres humanos agem dentro de um padrão de comportamento.
A eletrônica tem sido usada para classificação instantânea de todo aquele caos.
Ela veio para colocar o dedo indicador na cara do suspeito:
- É você! Não adianta se esconder.
É como se o criminoso deixasse um cartão de visitas com o seu endereço e CPF.
Todos estamos emparelhados num mar aberto.
O nosso estilo poderá agir em nosso favor ou contra nós.
Em todas as hipóteses, ele dirá quem somos.
Para definir, com clareza, este componente, eu diria que o estilo é uma espécie de colorido.
Ele é semelhante à marca d’água nas cédulas, que dificulta a falsificação do dinheiro.
Como as impressões digitais, o estilo é coisa inédita.
Nós montamos pedra por pedra este pedestal da nossa personalidade.
Desde criança, vamos reunindo seixos e gravetos, amontoados pelos caminhos da nossa vida.
Nosso jeito de ser, nossa maneira de reagir, tudo foi se petrificando na formação da nossa imagem. .
Em algumas pessoas, o estilo revela brutalidade e sentimentos inferiores.
É natural: O estilo nada tem a ver com ética.
O estilo é neutro: Ele é um apêndice desprovido de cérebro.
O estilo caminha à margem do bem e do mal.
O estilo não tem pátria nem religião.
Neste ponto, todavia, nos ocorreu uma pergunta polêmica:
Será que os anjos terão este lado previsível da personalidade?
Cabe a dúvida, nesta altura do campeonato, uma vez que a Teologia admitiu a presença de anjos rebeldes no Sétimo Céu?
Jeová não teria percebido estranhos invadindo o ninho da Perfeição e da Santidade?
Se Deus enxerga tudo, não seria o caso de cortar o mal pela raiz?
Alguns já sabem onde eu quero chegar, e contra-atacam.
- Os anjos foram criados perfeitos e sem pecado pelas mãos de Deus. Quando a rebeldia surgiu, os maus anjos foram punidos.
Estes argumentos não derrubam o contraditório, contido na visão de raio-x do Nosso Criador.
Deus teria que pressentir a quebra da harmonia.
Os estilos daqueles anjos serviriam para denunciá-los, em qualquer tempo em que eles prevaricassem.
Só o fato de colocar o Paraíso em pé de guerra mostra que a malícia predominou mais tempo do que seria aceitável.
Foi preciso uma guerra nos Céus para encerrar o episódio.
Por isso esta guerra ocasiona uma carga enorme de contradições.
Este Jeová pintado pelos teólogos parece não ter a astúcia daqueles policiais de Los Angeles que flagravam bandidos pelos seus hábitos.
Antes que alguém me calunie como adversário de Jeová, eu prefiro esclarecer minha versão nos seus mínimos detalhes.
A guerra citada em Apocalipse, 12, vv 7 a 9, ocorreu no planeta Éden, quando Adão, Eva e a Raça Adâmica foram expulsos.
Esta nossa interpretação é a única que absolve Jeová de incompetência na administração Céu.
O Sétimo Céu não pode abrigar seres imperfeitos.
Anjos maus não teriam condições de viver nem alguns minutos no Paraíso: eles seriam desarticulados em segundos.
Lembrem que Jesus explicou que só Ele tinha condições para habitar aquele lugar. (João, 3 v 13)
Em volta do Trono de Deus só a nata da espiritualidade conseguirá sobreviver.
Qualquer outro espírito será destruído por excesso de luz.
Existe mais uma prova de que os anjos maus nunca estiveram no Céu:
Palavras de Jesus, em João, 8 v 44: “Ele” (o anjo mau) “foi homicida desde o princípio. Ele é mentiroso e pai da mentira”.
Vocês escutaram: Não existe o passe do bom se transformando em mau.
O mau é subproduto do ignorante.
O ser humano sem malícia, na sua inocência primordial, um dia abre os olhos e se torna pecador.
Ele está galgando outro degrau.
Ele está subindo a escada do progresso.
É preferível ser pecador consciente, do que vegetar na inconsciência da mais completa incapacidade.
Tão logo as criaturas recebem a primeira inteligência, o pecado explode, porque o pecado é prenúncio de prazer.
A mentira vem no mesmo pacote.
A mentira é inseparável da sensualidade, da fome e da sede.
O egoísmo se manifesta com tamanho alarido, que o barulho se escuta a quilômetros de distância.
O ser humano quando deixa a zona primária da inocência e passa aos domínios da malícia, ele parece boi de canga quando se vê solto.
O ser humano recentemente liberto da inocência extravasa sua sensualidade.
Ninguém conseguirá detê-lo.
Ele é semelhante a um javali no cio.
Ele coloca p’ra fora todas suas inibições.
Cai por terra a teoria do anjinho inocente, que se torna maldoso com tamanha discrição que nem Deus percebe.
Isto aí representa uma estória totalmente despida de realidade.
É aquilo que Jesus disse para os fariseus e escribas:
- “Vós sois filhos do Maligno(...). Ele foi homicida desde o princípio, e jamais se firmou na verdade (...) porque ele é mentiroso e pai da mentira”.
João, 8 v 44.
Cai por terra a teoria do anjinho que já nasce perfeito, e permanece perfeito por toda a eternidade.
Os anjos são espíritos que alcançaram o status atual reencarnando milhares e milhares de vezes.
Quando eles atingiram a zona do pecado, todos, sem exceção, foram mentirosos e homicidas.
Portanto, este ser infernal que a teologia erroneamente coloca no Paraíso nunca esteve lá.
É o Apocalipse que nos garante que o Sétimo Céu não é lugar para mentirosos e falsos. (Apocalipse, 21 v 8)
Peço a vocês que analisem o contraditório: Será possível alguém homicida e mentiroso circulando, disfarçado, nas barbas de Jeová?
Pior, porém, que o seu atrevimento é a passividade de Deus.
Deus nada terá visto?
No seu quartel general, o inimigo encastelado, conspirando contra Ele, sem que Deus conheça a sua movimentação?
Percebam que é impossível aceitar estes anjos “maus” residindo no Céu.
Agora, se admitirmos o Paraíso como figura da inocência primordial e a expulsão como despertar – nós aceitamos.
Cada degrau tem sua característica.
Vejam que na adolescência, as crianças se rebelam contra os pais.
Na adolescência espiritual, os espíritos em crescimento se tornam adversários de Deus, pela rebeldia com que desejam os prazeres.
Tudo é natural e perfeitamente explicável.
A natureza não dá saltos.
São ciclos normais de aprendizado, que todos estão sujeitos.
Vejam que nós sempre divulgamos três grandes estágios de crescimento: A inocência do primeiro degrau, adolescência e maturidade.
Os anjos maus de Apocalipse – 12 – haviam atingido a adolescência, e se rebelaram.
O Mestre aponta, neles, a revolta do segundo estágio – o estágio da contestação.
Trocando em miúdos é aqui que começou a vida, na consciência da identidade individual.
O homem do sexto dia, criado no Gênesis, parecia um vegetal de tão inoperante.
Somente no segundo degrau o ser humano começou a viver.
O sentido da frase - “mentiroso desde o princípio” – começa neste segundo estágio.
Tudo isto ocorreu com você, comigo e com todos nós.
No momento que nossos olhos se abriram, a inteligência egoísta de Lúcifer nos tornou pecadores (anjos maus).
As más línguas enxergaram a nossa realidade:
- Anjos maus! Gritaram as más línguas, e nos apontaram.
Tudo isto aconteceu no chão planetário, porém.
Nada de Sétimo Céu.
Tudo isto aconteceu na terra batida do planeta Éden.
Foi lá que a história começou.
Foi naquele momento que abrimos os olhos, e enxergamos o vício e o pecado.
Foi naquele mundo que cobiçamos os frutos da árvore da vida, e nos rebelamos contra o Criador.
Este espírito rebelde passou a fazer parte do nosso cotidiano.
Até hoje ainda nos encontramos perplexos diante de tantas surpresas que nos foram proporcionadas pelo Criador.
Para sairmos deste círculo vicioso, porém, o Pai Eterno nos entregou ferramentas.
Ele nos deu o amor em forma brutal para que nós o lapidássemos.
Ele nos entregou a compaixão para suavizar as arestas.
Deus nos fez amantes da beleza, da música e das artes.
Fomos tornados sensíveis, e ganhamos uma consciência.
Dar colorido ao mundo é nossa grande missão – a missão de todos.
O famoso violoncelista Pablo Casals registrou lição imperecível, que ficou na memória de uma das suas alunas.
Ela tocava as notas como estavam escritas, em preto e branco, com a frieza e a insensibilidade de uma esfinge de pedra.
Casals reproduziu as mesmas notas, mas teve o zelo de introduzir, na interpretação, brilho e alma.
Elas saíram diferentes: aquelas notas espalharam colorido e magia.
Pediu à jovem que repetisse o trecho varias vezes, mostrando a qualidade especial que aquelas notas deveriam alcançar.
- Coloque colorido no seu trabalho, rematou o professor. E você terá uma interpretação diferente dos demais artistas.
Quando a jovem, finalmente, conseguiu reproduzir de acordo com a vontade do Professor, um sorriso autêntico iluminou-lhe o rosto humanizado.
O “colorido” é o brilho que coroa um esforço aplicado no trabalho.
E pode ser qualquer trabalho.
É possível que exija mais tempo e mais esforço, mas vale a pena, pelo prazer da conquista.
Depois que se experimenta, o resultado é sensacional.
A alma do artista que dorme em todos nós ressuscita.
O Pai Criador deve ter sentido isto quando produziu o arco-íris.
Podemos dizer honestamente, parafraseando Jeová, sem medo de errar: Isto é muito bom!
Daí para diante, todas as tarefas que antes pareciam enfadonhas se tornarão significativas e compensadoras.
Todas estas entusiásticas manifestações estarão fazendo parte do nosso estilo.
O campeão não é necessariamente a pessoa que tem mais...
...mais força...
...mais músculos...
...mais inteligência.
Não!
O verdadeiro campeão na maioria das vezes é aquele que mais se entrega.
O verdadeiro campeão tem consciência de que toda sua credibilidade está contida naquela tarefa.
O verdadeiro campeão não deixa escapar sua chance.
É possível que o “segundo colocado” revele um potencial igual ou até superior ao campeão.
A diferença com certeza é o resultado do colorido final.
O buril do artista completou sua obra.
O professor Eugene Ehrlich escreveu o livro “Como Estudar Melhor”.
Ele entrevistou centenas de alunos com médias que mal davam para passar de ano.
“Não havia muita diferença em suas inteligências”, disse o professor.
A única coisa que destacava os melhores era o colorido.
Eles caminhavam além do requisitado.
- “Fizemos o possível” - é o desabafo da maioria.
Os primeiros colocados, porém, estão caprichando no remate da obra, para evitar surpresas.
É uma tentação dizer assim: Isto basta! E fechar o livro.
Gustave Flaubert reescreveu três vezes o romance “Madame Bovary”.
Na terceira tentativa ainda estava descontente, e lhe veio a idéia de queimar os originais.
Tentou quarta vez, porém, e o resultado foi um “clássico” da literatura.
O mago da eletricidade – Charles Steinmtz – costumava continuar trabalhando horas e horas além do horário.
- Por que faz isto? Perguntou-lhe um colega. Você não precisa provar mais nada. E nem vai ganhar horas extras.
Steinmtz levantou os olhos da banca de trabalho, e disse: Eu sou o maior beneficiado.
Nesta altura são explicadas aquelas palavras geniais de Jesus: “Se alguém te pede para caminhar mil passos, caminha com ele dois mil”..
O cristão precisa, necessariamente, exceder as expectativas.
Quando alguém se aproxima, ofegante, trazendo a vasilha do fubá, ele já se encontrará com a polenta pronta.
Existem pessoas que acham suas tarefas pequeninas demais, para merecer tanto capricho.
Eles estão sempre se poupando para aquela obra enorme que conservam no imaginário.
Esquecem quantas pessoas se tornaram ilustres fazendo tarefas pequeninas.
Uma obra ou serviço bem feito sempre atrairá alguém.
Como escreveu Emerson:
“Este segredo não será guardado: se um homem tiver bom trigo, ou lenha, ou tábuas, ou porcos ou cabritos para vender...
Ou se souber fazer melhor do que outra pessoa – cadeira ou facas, cadinhos ou órgãos para igrejas, encontraremos uma estrada batida para sua casa, embora esteja ela no meio de uma floresta”.
Pergunte a si mesmo, quando terminar um trabalho, se você tem disposição de assiná-lo.
Colocar seu nome como autor daquela obra.
John Kord Lagemann nos conta que contratou profissional com bull-dozer para escavar um lago na sua fazenda.
O homem manobrava aquela máquina como um escultor manejando um buril.
Percebi que ele estava satisfeito com a minha aprovação, mas o seu propósito era exceder a própria expectativa.
De vez em quando ele descia da máquina e caminhava até uma elevação do terreno para observar o que já fizera.
Quando colocamos água no lago, todos os seus contornos pareciam ter sido modelados pela própria natureza.
A mulher do proprietário disse, num arroubo de entusiasmo:
“Lembrei Jeová, assombroso, enorme, viril, construindo o planeta Terra”.
Quatro dias depois, o homem do Bull-dozer voltou com quatro patinhos, para completar sua obra.
- Para adquirir vida, este lago precisava de alguém nadando sobre ele, disse Frank, com os olhos marejados, contemplando a obra que fizera.
O fato, meus amigos, é que nós sempre fomos anjos.
Inicialmente desprovidos de inteligência e de malícia, na caverna escura do homem primitivo.
Depois anjos maus, desafiando o Criador e comendo dos frutos da árvore, com o maior atrevimento.
Um belo dia, com bastante quilometragem, alcançaremos os degraus mais altos, na condição de anjos bons.
Cada degrau, meus amigos, é uma nova realidade.
Eu peço atenção redobrada de vocês para o que escreveu o apóstolo Judas Tadeu sobre os anjos maus:
“Os anjos decaídos perderam o lugar que ocupavam e foram agrilhoados eternamente nas profundezas, reservados para o juízo”.
Judas Tadeu, capítulo 1 v 6.
Vejam que a coisa se explica: Se eles estão reservados para julgamento, o Inferno Eterno não pode ser aplicado neles.
Todo o julgamento abre chances para absolvição.
Se eles ainda serão julgados, é um sinal que não houve sentença condenatória anterior.
Portanto, nem se pode cogitar de que tais “profundezas” representem o Inferno, como diz a Teologia.
E aqui a nossa doutrina adquire status e lógica, porque a nossa doutrina explica o mistério.
O planeta Terra representa estas “profundezas” - aonde os anjos maus vêm reencarnando.
Nunca esqueçam que eles estão reservados para sentença no Juízo Final que se aproxima.
É o que afirma o apóstolo Judas Tadeu.
E a identificação destes anjos maus fica evidente:
Se a Terra representa aquelas profundezas citadas por Judas Tadeu, todos nós representamos os anjos maus da estória.
Estamos aqui procurando reduzir nossa imperfeição.
Deus, na sua infinita misericórdia, estabeleceu mais um ciclo para continuidade do aprendizado.
Também o apóstolo Pedro se manifestou sobre o assunto.
Ele escreveu em sua segunda carta:
“Deus não poupou os anjos que pecaram, antes os precipitou nos abismos do Inferno, onde estão reservados para o Juízo”.
II Pedro, 2 v 4.
Percebam que Judas Tadeu usou a palavra “eternamente” e Pedro a substituiu por “Inferno”.
O conceito de “eternidade”, porém, se torna limitado, porque os dois apóstolos apontam futuro julgamento.
Ninguém desconhece que todo o julgamento poderá terminar em absolvição.
Portanto, os sentidos das expressões, nos dois casos, não podem ter o significado dos dicionários.
A eternidade do castigo eventualmente poderá ser revogada pela absolvição do réu.
Os condenados e exilados poderão ser aceitos num planeta melhor.
Nunca esqueçamos que “a Casa do Pai tem muitas moradas”
Louvado seja Deus.